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Serei mais específico sobre o que quero dizer. O pano de fundo para a tragédia é a nossa substancial concordância no histórico cristianismo bíblico. Nossa união nos fundamentos da fé cristã é coisa grande e gloriosa. Cremos em Deus Pai, infinito e pessoal, santo, criador e sustentador do Universo.
Nestas e em outras grandes doutrinas bíblicas, permanecemos firmes pela graça de Deus, e permanecemos juntos. Contudo, nós não somos unidos.
Estas são algumas das questões nas quais crentes igualmente dedicados e bíblicos discordam entre si. São questões que os reformadores chamam de “adiaforia”, questões ”indiferentes”. Desta forma, embora pretendemos continuar defendendo nossa própria convicção das Escrituras, em conformidade com a luz que nos tem sido dada, procuraremos não pressionar dogmaticamente a consciência de outros crentes, mas tratar a cada um com liberdade, em amor e respeito mútuo.
Não se pode fazer coisa melhor do que mencionar o famoso epigrama atribuído a um certo Rupert Meldenius e citado por Richard Baxter. Em coisas essenciais, unidade; nas não-essenciais, liberdade;
em todas as coisas, Amor.
Estamos, também, separados uns dos outros temporariamente. Esquecemo-nos, às vezes, que Deus ama a diversidade e tem criado uma rica profusão de tipos humanos, temperamentos e personalidades.
Além disso, o nosso temperamento tem mais influência na nossa teologia do que geralmente imaginamos ou admitimos. Embora a nossa compreensão da verdade bíblica dependa da iluminação do Espírito Santo, ela é inevitavelmente colorida pelo tipo de pessoa que somos, pela época na qual vivemos e pela cultura a que pertencemos.
Porém, não devemos permitir que o nosso temperamento nos controle. Pelo contrário, devemos deixar que as Escrituras julguem nossas inclinações naturais de temperamento.
Caso contrário, acabaremos por perder o nosso equilíbrio cristão.
Comecei a ler este livreto de John Stott e achei muito pertinente para nós Cristãos atuais, pretendo postar mais desta série Cristianismo Equilibrado, boa leitura e deixe seu comentário.
Pr. Carlos Rizzon
Unidade, Liberdade e Caridade
Minha preocupação é chamar a atenção para uma das grandes tragédias da cristandade contemporânea, que é especialmente visível no meio de todos nós que somos chamados (e, na verdade, é como nós nos chamamos) cristãos evangélicos. Numa única palavra: essa tragédia chama-se polarização.
Serei mais específico sobre o que quero dizer. O pano de fundo para a tragédia é a nossa substancial concordância no histórico cristianismo bíblico. Nossa união nos fundamentos da fé cristã é coisa grande e gloriosa. Cremos em Deus Pai, infinito e pessoal, santo, criador e sustentador do Universo.
Cremos em Jesus Cristo, o único Deus-homem; em seu nascimento virginal, em sua vida encarnada, na autoridade do seu ensino, em sua morte expiatória, na sua ressurreição histórica, e em seu retorno pessoal á terra. Cremos no Espírito Santo por cuja inspiração especial as Escrituras foram escritas e por cuja graça pecadores são hoje justificados e nascidos de novo, transformados na imagem de Cristo, incorporados à Igreja e enviados para servir no mundo.
Nestas e em outras grandes doutrinas bíblicas, permanecemos firmes pela graça de Deus, e permanecemos juntos. Contudo, nós não somos unidos.
Nós nos separamos uns dos outros por assuntos pouco importantes.
Algumas das questões que nos dividem são teológicas; outras temperamentais. Teologicamente, por exemplo, podemos discordar na relação exata entre soberania divina e responsabilidade humana, na “ordem” e ministério pastoral da igreja (se deve ser episcopal, presbiteriano ou independente) e até onde os crentes podem envolver-se numa “mistura” denominacional sem que se comprometam a si mesmos e a fé que professam; nas relações Igreja-Estado; em quem está qualificado para ser batizado e no volume de água a ser usado; em como interpretar profecia, em quais dons espirituais estão disponíveis hoje e quais são os mais importantes.
Algumas das questões que nos dividem são teológicas; outras temperamentais. Teologicamente, por exemplo, podemos discordar na relação exata entre soberania divina e responsabilidade humana, na “ordem” e ministério pastoral da igreja (se deve ser episcopal, presbiteriano ou independente) e até onde os crentes podem envolver-se numa “mistura” denominacional sem que se comprometam a si mesmos e a fé que professam; nas relações Igreja-Estado; em quem está qualificado para ser batizado e no volume de água a ser usado; em como interpretar profecia, em quais dons espirituais estão disponíveis hoje e quais são os mais importantes.
Estas são algumas das questões nas quais crentes igualmente dedicados e bíblicos discordam entre si. São questões que os reformadores chamam de “adiaforia”, questões ”indiferentes”. Desta forma, embora pretendemos continuar defendendo nossa própria convicção das Escrituras, em conformidade com a luz que nos tem sido dada, procuraremos não pressionar dogmaticamente a consciência de outros crentes, mas tratar a cada um com liberdade, em amor e respeito mútuo.
Não se pode fazer coisa melhor do que mencionar o famoso epigrama atribuído a um certo Rupert Meldenius e citado por Richard Baxter. Em coisas essenciais, unidade; nas não-essenciais, liberdade;
em todas as coisas, Amor.
Estamos, também, separados uns dos outros temporariamente. Esquecemo-nos, às vezes, que Deus ama a diversidade e tem criado uma rica profusão de tipos humanos, temperamentos e personalidades.
Além disso, o nosso temperamento tem mais influência na nossa teologia do que geralmente imaginamos ou admitimos. Embora a nossa compreensão da verdade bíblica dependa da iluminação do Espírito Santo, ela é inevitavelmente colorida pelo tipo de pessoa que somos, pela época na qual vivemos e pela cultura a que pertencemos.
Alguns de nós, por disposição e formação, são mais intelectuais que emocionais; outros, mais emocionais que intelectuais. Repetindo, a disposição mental de muitos é conservadora (detestam mudanças e sentem-se ameaçados), enquanto outros são, por natureza, rebeldes à tradição (o que eles detestam é monotonia, considerando mudança como algo próprio de sua natureza). Questões como estas surgem de diferenças temperamentais básicas.
Porém, não devemos permitir que o nosso temperamento nos controle. Pelo contrário, devemos deixar que as Escrituras julguem nossas inclinações naturais de temperamento.
Caso contrário, acabaremos por perder o nosso equilíbrio cristão.
John Stott
Comments
Excelente blog.
Que Deus o abençoe sempre.
Estou seguindo vosso blog e convido-o a conhecer e a seguir meu blog www.carlos-ramalho.blogspot.com.
Na força de Cristo,
Carlos Ramalho